Escute.
Grunhidos, ruídos alienados de amontoados de críticas subversivas,
Venha o tal déspota esclarecido afogar seu dizer aos prantos, ao dia,
Esclarecido apenas de que o oceano é a fartura se suas lamentações.
Cedo, se percebe a lua refletir a taciturna solitude tomando conta do céu,
Cedo, voz do silêncio desconcertante em diafonia com o barulho da mente;
Eles correm, fogem, se escondem de quem preda a hermética verdade,
Se ouvem os passos angustiados pelo manter em segredo
Intermináveis, incontáveis incertezas e,
Embora ciclópicos, medos ingênuos, genuínos,
Etimológicos do passado que amontoava críticas subversivas.
Escute.
Suplício.
Sinônimo? Silêncio.
Não, eufemismo.
Escute, escute.
Rangido da descontente consequência de escolher o fardo de acompanhar-se,
Preferir ver o dia frente a frente a encarar por horas as estrelas do céu,
Ao som do áudio em looping de um “amo-te eternamente” por... 330 dias?
Há uma geração passada que escutava literalmente a mesma sentença.
Grite! anos dessa mentira que fazem acreditar em tudo, exceto na ternura.
Frente ao espelho, reflete toda a ilusão que existe, menos a verdade.
Escute, mais uma vez, pode ser que tenha deixado de ser ilusório,
Espelho? Por que mudas os anos a cada piscar de olhos?
Espelho?? Por que existe uma figura humanoide com gangreno no peito?
Espelho!! Inoportuno momento pra grunhir silêncio... olhares... diafonia mental
Escute!
Pessoas gritam, pessoas falam demais.
Escute!!
Demônio de voz nula grita na gruta velada da paz.
Não, não escute, é mentira.
Correm porque são conhecidos, perceba.
Nunca da boca ao ambiente, porquanto ouvem,
Revelado pelo... espelho? Hipérbole! Noites, noites em segredo.
Lucas Cardoso
Estudante do 3º ano do Ensino Médio 2021, trabalhando a escrita desde 2018. Possui o objetivo de aprovação em uma Universidade Federal para Medicina.
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